O prazer da palavra impera
Amalgamado à profundidade das imagens,
Prolongado pela extensão da pele,
Reverberado pelo pulsar dos músculos.
O prazer e o espanto.
A lágrima do minuto.
Dominó em efeito no eu di-minuto.
Tato à distancia, sons…
Proximidade pelo ar.
Imperam estes prazeres
E importa bater à porta.
Se ela estiver trancada talvez abra-se uma janela
Talvez caiam as paredes!
Me delicio comovido
E importa…
Esta porta é a minha!
Depois de tantas outras esta pode ser a última…
Eu, untado pela emoção de abri-la,
Pelo sentimento da proximidade das cores que se movem
do outro lado.
Respiro o mundo e meu coração bate à porta…
Ah… se eu soubesse dizer, se pudesse escrever…
Se conseguisse gritar o estrondo de estar aqui e ser.
Transbordante grandeza corriqueira,
Corredeira trivial.
Nossos pés pisam maravilhas…
Talvez eu seja uma simples ervilha
Rolando… ao declive do morro..
Acompanhando o suor da Terra.
– Hans Machado
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